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Zvi Kogan era rabino e militar - Fotos: Reprodução/Reuters
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domingo 24 de novembro de 2024 às 09:29h

Tiroteio junto à embaixada de Israel na Jordânia e rabino assassinado nos Emirados Árabes Unidos

MUNDO, NOTÍCIAS


Um suspeito foi morto e três polícias ficaram feridos num tiroteio ocorrido esta manhã de domingo (24) perto da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, num incidente que as autoridades informaram estar controlado

A Direção de Segurança Pública da Jordânia disse um homem conseguiu abrir fogo sobre uma das patrulhas policiais que percorrem a zona de Rabieh, na capital, perto da representação diplomática israelita, onde três agentes fardados ficaram feridos.

Posteriormente, outros polícias conseguiram chegar ao local onde foi localizado e morto o atirador que tentou fugir, acrescentou a mesma fonte.

Os agentes feridos foram levados para o hospital, de acordo com as autoridades, o estado de saúde dos três é moderado.

Meios de comunicação como a agência de notícias jordana Petra e a televisão saudita Al-Arabiya avançaram que as forças de segurança criaram “um forte cordão de segurança em torno da embaixada de Israel” após o ataque.

A imprensa acrescentou que as autoridades bloquearam os acessos rodoviários que conduzem ao edifício diplomático e pediram aos residentes da área que permanecessem dentro de casa e evitassem comprometer a zona do alegado crime

A embaixada israelita, situada no bairro de Rabieh, no noroeste da capital jordana, tem sido alvo de protestos regulares ao longo dos últimos anos.

Rabino encontrado

As autoridades dos Emirados Árabes Unidos localizaram o corpo de um rabino israelo-moldavo desaparecido no país na quinta-feira (21), anunciou hoje o Governo israelita, qualificando o seu assassinato como um “ato abominável de terrorismo antissemita”.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o Ministério dos Negócios Estrangeiros disseram numa declaração conjunta que Israel fará tudo o que puder “para garantir que seja feita justiça”.

“Israel utilizará todos os meios à sua disposição para garantir que seja feita justiça e que os responsáveis pela sua morte sejam responsabilizados”, acrescentaram no comunicado citado pelas agências francesa AFP e norte-americana AP.

Zvi Kogan desapareceu na quinta-feira e suspeitou-se que tivesse sido sequestrado.

Os Emirados Árabes Unidos são um dos países árabes que normalizaram as relações com Israel no âmbito dos Acordos de Abraão de 2020, promovidos por Donald Trump durante o seu primeiro mandato como Presidente dos Estados Unidos (2017-2021).

Zvi Kogan, 28 anos, um rabino ultraortodoxo, geria uma mercearia no Dubai, para onde os israelitas se deslocam em busca de comércio e turismo desde que os dois países estabeleceram laços diplomáticos.

O gabinete de Netanyahu disse no sábado que Kogan estava desaparecido há dois dias nos EAU e já sugeria um “motivo terrorista”, embora sem fornecer pormenores que o sustentassem.

A Mossad, os serviços secretos externos de Israel, abriu um inquérito, segundo o gabinete de Netanyahu.

As autoridades dos Emirados afirmaram ter “lançado imediatamente operações de busca” para encontrar Tzvi Kogan.

O Governo israelita não deu hoje qualquer indicação sobre o local onde o corpo foi encontrado nem sobre a identidade dos suspeitos.

As circunstâncias que rodearam a morte do rabino permanecem obscuras, incluindo nos meios de comunicação social israelitas.

De acordo com a imprensa israelita, Tzvi Kogan era um emissário do movimento hassídico Habad Loubavitch, há muito radicado nos Emirados Árabes Unidos.

Trata-se de um movimento ultraortodoxo impulsionado por um compromisso missionário mundial para reforçar a identidade judaica e aproximar os judeus da fé, particularmente através de centros comunitários.

O desaparecimento de Kogan ocorreu no momento em que o Irão ameaça retaliar contra Israel, depois de os dois países terem trocado tiros em outubro.

Embora a declaração israelita não mencione o Irão, os serviços secretos iranianos já efetuaram raptos nos Emirados Árabes Unidos.

As autoridades ocidentais acreditam que o Irão dirige operações de informação nos EAU e controla as centenas de milhares de iranianos que vivem no país.

O Irão é suspeito de ter raptado e posteriormente assassinado o cidadão iraniano britânico Abbas Yazdi no Dubai em 2013, segundo a AP.

O Irão nunca negou o seu envolvimento.

Em 2020, o Irão raptou também o iraniano de nacionalidade alemã Jamshid Sharmahd no Dubai, levando-o de volta para Teerão, onde foi executado em outubro.

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