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terça-feira 12 de setembro de 2023 às 14:56h

Tim Cook apresenta o iPhone 15 e metas ousadas de ESG da Apple

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O tão esperado evento anual da Apple, que ocorreu na tarde desta terça-feira (12) direto de Cupertino, na Califórnia, trouxe as principais novidades envolvendo as novas gerações do produtos da marca, o que inclui o tão esperado iPhone 15. Além de apresentar os produtos, Tim Cook, CEO da Apple, destacou alguns direcionamentos da marca para os próximos anos.

De acordo com Tim Cook, sustentabilidade é uma prioridade para a Apple e isso tornou-se um mantra. “Até 2030, todos os nossos produtos causarão impacto zero na natureza.”  O executivo listou uma série de iniciativas para tornar isso possível: eliminar plástico de todas as embalagens até o final de 2024, uso de alumínio reciclável nos Macs e iPhones, fim do uso de couro para cases e produtos. Além disso, a Apple afirma usar 100% de energia limpa (solar e eólica) em todos seus escritórios e propriedades.

A lista inclui: geração zero de carbono neutro em todos os prédios, um compromisso de 300 fornecedores que se comprometeram a zerar emissão, investimento em transporte marítimo para redução de impacto ambiental, além de apoio a reflorestamento no Paraguai, Brasil, Colômbia e Quênia.

O que antecedeu ao lançamento do iPhone 15?

Atraso na produção

No início de setembro, vazamentos apontaram que a produção do iPhone 15  estava comprometida e que o lançamento poderia ser adiado. De acordo com o informante Revegnus, o carro-chefe da Apple, o iPhone 15 Pro Max, poderia ser adiado em um mês. Não foi a primeira vez que avisos sobre problemas na cadeia de suprimentos com os sensores de imagem da Sony foram dados. Também em setembro, o analista Ming-Chi Kuo alertou que o “cronograma de produção em massa do iPhone 15 Pro Max está atrasado em relação a outros modelos”.

Em agosto, a Apple começou a produzir o novo iPhone 15 em uma fábrica na Índia, informou a Bloomberg. A transferência é parte do esforço da empresa para diversificar sua produção global fora da China. A fábrica, administrada pela fabricante do iPhone Foxconn no estado de Tamil Nadu, também ajudará a Apple a economizar nas tarifas de importação, que são particularmente altas para produtos eletrônicos na Índia. A decisão de fabricar seu mais novo iPhone na Índia é uma resposta a problemas na cadeia de suprimentos na China, segundo analistas. Depois que uma de suas principais fábricas chinesas foi fechada devido a um surto de Covid e protestos subsequentes, a Apple lutou para atender à demanda para a temporada de festas de 2022, enfrentando um déficit de iPhones que levou a semanas de espera para os clientes.

Vendas fracas do iPhone 14

A demanda em baixa pelo iPhone 14, em especial o Plus, forçou a Apple a reduzir o ritmo de fabricação do modelo. De acordo com o site The Information, a empresa teria solicitado que alguns parceiros de produção da China interrompessem a produção. Um outro relatório, da TrendForce, mostra que, diante da baixa procura pelo aparelho, a Apple classificou a aceitação ao modelo iPhone 14 Plus como “tímida” e por isso estaria revendo sua dinâmica de produção. A nova geração de aparelhos foi apresentada globalmente dia 7 de setembro de 2022 em um evento transmitido da sede da companhia, em Cupertino, na Califórnia.

Mais desafios com a China

As ações da Apple caíram 6,1% entre a terça-feira (5) e a quinta-feira (7). Com isso, a empresa passou a valer cerca de US$ 200 bilhões (R$ 1 trilhão) menos do que valia no início da semana. A queda foi provocada por duas medidas do governo chinês. Na quarta-feira (6), o país proibiu iPhones em escritórios do governo. Na quinta (7) foi noticiado que a China planeja expandir essa proibição para agências governamentais e empresas estatais. Em parte, esse movimento do governo chinês é uma tentativa fazer com que setores sensíveis sejam menos dependentes de tecnologia estrangeira. É uma contrapartida à decisão de junho da União Europeia, de limitar o envolvimento da chinesa Huawei no desenvolvimento das redes 5G. Também pode ser uma retaliação às restrições dos EUA às vendas de chips de alta tecnologia para a China, assim a proibição da China comprar o equipamento de fabricação de chips da holandesa ASML, cujas máquinas de fotolitografia são usadas para produzir chips de computador sofisticados.

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