A polícia prendeu o empresário e herdeiro Thiago Brennand Tavares da Silva Fernandes Vieira, que está foragido desde o dia 27 após aparecer num vídeo agredindo a modelo Helena Gomes depois de discutir com ela numa academia em São Paulo. A informação foi confirmada pela delegada Ivalda Oliveira Aleixo , do Departamento de Capturas da Polícia Civil de São Paulo.
O material foi publicado na plataforma desde o fim da semana passada, mas foi retirado na segunda-feira (10) pelo Google.
Ele aparecia em registros atacando em jornalistas, o Ministério Público e até quem o defendeu na Justiça. Chamou organizações e pessoas de “criminosas”, além de mencionar que membros do MP teriam organizado com vítimas ataques a ele. Questionou em alguns trechos o interesse público no caso.
O YouTube não revelou os motivos da conta ter sido excluída. A empresa alegou que informações são repassadas apenas aos donos. No atual link está a mensagem: “Esta conta foi encerrada por violar os Termos de Serviço do Google.” A defesa não quis se pronunciar sobre o caso.
O caso foi revelado no mês passado pelo Fantástico. Além disso, ele é investigado por suspeita de ter feito mais vítimas. Ao menos três mulheres afirmam terem sido tatuadas as iniciais do seu nome: “TFV”. Ele é acusado de ter agredido dois homens.
O empresário de 42 anos é considerado foragido da Justiça desde que sua prisão preventiva foi decretada, em 23 de setembro, a pedido do Ministério Público (MP). Foi determinado que a Polícia Federal (PF) inclua nome e foto dele na lista de procurados da Interpol, a Difusão Vermelha da polícia internacional.
Brennand virou réu por lesão corporal contra uma mulher e corrupção de menor de idade. No pedido liminar negado nesta semana, a defesa alegou ele está sendo “caçado como troféu ao combate à violência contra mulher”.
“Não há por que suspender o decreto de custódia cautelar, um vez que o paciente encontra-se em país com distância suficiente do Brasil a se poder afirmar que, inegavelmente, enquanto se analisa as pretensões aqui deduzidas não se dará o cumprimento do decreto de prisão”, escreveu o relator Maurício Henrique Guimarães Pereira Filho.
Thiago também teria enviado e-mails aos Ministério Público e reclamado sobre a maneira que seu nome foi escrito.
Prisão preventiva
A prisão foi decretada por ele ter descumprido uma decisão judicial e não ter se apresentado para entregar o passaporte num prazo de dez dias já vencidos. Thiago viajou em 3 de setembro para Dubai, nos Emirados Árabes. Segundo sua defesa alegou à época, ele voltará ao Brasil em 18 de outubro.
Ele embarcou no avião antes de a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público e torná-lo réu pelos crimes de crimes de lesão corporal e corrupção de menores no caso que envolve uma aluna da Bodytech. A Promotoria também o acusa de incentivar o filho dele, menor de 18 anos, a ofender a mulher, de 37 anos.