A edição dessa semana da revista “The Economist” comenta a provável eleição de Jair Bolsonaro à presidência.
De acordo com o semanário inglês, a eleição de um homem com o perfil autoritário de Bolsonaro é uma “tragédia”.
“Os 13 anos do PT no poder, de 2003 a 2016, terminaram com uma depressão econômica e revelações de que o partido encorajou a corrupção em escala sem precedentes, em parte para prolongar sua influência no poder”.
O artigo continua, explicando que, compreensivelmente, os brasileiros estão enfurecidos com a situação do país.
“Eles agora parecem prontos para eleger Bolsonaro, um populista com instintos autoritários, como seu presidente”.
E prossegue:
“Que tal homem provavelmente liderará o maior país da América Latina é uma tragédia”.
Em seguida, a revista diz que os piores efeitos de uma presidência Bolsonaro podem ser difíceis de serem contidos.
“Ele já prejudicou a cultura democrática do Brasil ao elogiar a ditadura e escolhendo como vice um general aposentado que justificou a possibilidade de golpes militares em algumas circunstâncias, insinuando que oponentes políticos são inimigos do estado.”
“Ele provavelmente não pretende ser um ditador. Mas sua retórica corrosiva pode tornar os brasileiros mais receptivos à um governo autocrata no futuro”.