A Tesla chegou a um acordo com a família de um motorista que morreu em um acidente de 2018 envolvendo a tecnologia de assistência ao motorista Autopilot da empresa. Os termos do acordo não foram divulgados nos autos do tribunal. A seleção do júri para o caso estava marcada para começar na segunda-feira (8) com argumentos de abertura já na quinta-feira. O julgamento deveria durar várias semanas.
O processo por homicídio culposo tratava de um acidente envolvendo o engenheiro da Apple, Walter Huang, de 38 anos. O motorista morreu na Rodovia 101, na Califórnia, depois que seu veículo utilitário esportivo Modelo X bateu em uma barreira da rodovia enquanto ele usava o piloto automático da Tesla.
A família de Huang, que abriu o processo, seguiu uma linha de argumentação distinta, questionando se a montadora superestimou as capacidades do Autopilot e não tomou medidas suficientes para evitar que os clientes usassem indevidamente a tecnologia.
O processo seria um teste à posição da Tesla de que os motoristas, e não a montadora, são os responsáveis finais pelos acidentes que envolvem a tecnologia.
A Tesla disse em um documento judicial que concordou em resolver o caso para encerrar anos de litígio. A empresa pediu ao juiz que supervisionou o julgamento em San Jose, Califórnia, que selasse o valor do acordo como parte da negociação. Antes do acordo, esperava-se que o caso fosse bem acompanhado nos círculos jurídicos. A montadora enfrenta outras disputas envolvendo o Autopilot.