A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou, nesta terça-feira (14), que o terremoto na Turquia e na Síria é a “pior catástrofe natural” em 100 anos na Europa.
“Estamos testemunhando o pior desastre natural na região da Europa em um século e ainda estamos medindo sua escala”, disse Hans Kluge, diretor da organização para a região (que abrange 53 países, incluindo Turquia e países da Ásia Central), em entrevista coletiva.
“Seu verdadeiro custo ainda não é conhecido e levará muito tempo e esforço para se recuperar e curar”, disse ele.
Até o momento, o número de mortos passou de 37 mil, sendo 31.974 vítimas na Turquia e mais de 5.800 na Síria. O responsável da ONU afirma que esse número “provavelmente aumentará ainda mais”.
O socorro médico de emergência, composto por três aviões e material para atender 400 mil pessoas, é a maior operação realizada pela divisão europeia da OMS em seus 75 anos de existência.
Segundo Hans, cerca de 26 milhões de pessoas “precisam de assistência humanitária” nos dois países. Estima-se que dezenas de milhares de famílias estão vivendo ao relento e estão expostas às baixas temperaturas do inverno na região.
Dados da Unicef indicam que mais de sete milhões de crianças foram afetadas pelo terremoto do dia 6 de fevereiro.
Os trabalhos de resgate continuam depois de mais de uma semana do terremoto. As chances de localizar pessoas com vida depois de tanto tempo são cada vez menores.
Um menino de 13 anos foi resgatado com vida na segunda-feira (13), depois de ter ficado preso por 182 horas sob os escombros de um prédio na província de Hatay. O momento emocionante do resgate foi transmitido ao vivo pela TV turca.
Alguns especialistas estimam que até 155 mil corpos podem estar sob prédios e casas que desabaram na Turquia e na Síria.