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Braga Netto e Tereza CristinaBraga Netto e Tereza Cristina - Foto: Alan Santos/PR
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quarta-feira 15 de junho de 2022 às 07:20h

Tereza Cristina surge como a vice ideal para Bolsonaro desbancando Braga Netto

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na última segunda-feira (13) que o seu companheiro de chapa nestas eleições será “definido mais tarde”. Segundo a coluna de Lauro Jardim, no O Globo, foi uma espécie de cavalo de pau num tema em que ele próprio parecia já ter tomado uma decisão.

As dificuldades crescentes do presidente nas pesquisas, a alta taxa de rejeição e a forte pressão do Centrão mudaram uma decisão que Bolsonaro já havia tomado e comunicado aos mais próximos — ou seja, que Braga Netto seria o seu vice.

E hoje, de acordo com o colunista, o nome de Tereza Cristina sobe como a favorita para ocupar essa posição — na conversa de anteontem com jornalistas, Bolsonaro inclusive citou o nome de sua ex-ministra.

Bolsonaro passou os últimos meses dando indicações firmes que Braga Netto estava escolhido. Em março, disse que o seu vice seria um mineiro — o general nasceu em Belo Horizonte. No mês seguinte, cravou que Braga Netto tinha 90% de chance de ocupar a vaga. Aliás, o general deixou o Ministério da Defesa e se filiou ao PL em março justamente para estar apto juridicamente para a missão.

Desde o início do ano, os líderes do Centrão em conversas privadas não se cansavam se repetir uma espécie de mantra: se Bolsonario chegar em julho, mês da convenção que consagrará a chapa à presidência, em boa posição nas pesquisas, ele pode escolher o vice que quiser, inclusive um que não agregue um voto sequer, como Braga Netto. Mas se na hora H permanecerem dificuldades na corrida eleitoral, o companheiro de chapa tem que ser alguém que possa ajudar virar o jogo, e uma mulher e bem vista por todos, inclusive, pela própria esquerda, como é o caso de Tereza Cristina, que é deputada federal e bem relacionada com todos no Congresso.

O fato é que Bolsonaro chega a pouco mais de 100 dias da eleição em segundo lugar em todas as pesquisas com boa margem de distância do líder Lula. Pior, com alta rejeição, sobretudo entre as mulheres, o maior eleitorado do país. E hoje é mais difícil para ele bancar o seu vice sem dar satisfações a ninguém.

A lógica de Tereza Cristina como vice, como quer o Centrão e como pragmaticamente já admite Bolsonaro, é cristalina: ela pode ajudar a diminuir a rejeição do presidente entre as mulheres, bem como reforçar os laços com o agronegócio, inclusive no que diz respeito a doações para a campanha.

Um dos motivos de Bolsonaro querer Braga Netto como vice sempre foi a ideia de que um general barraria qualquer tentativa de golpe contra ele.

Adepto de teorias conspiratórias, o capitão teme um impeachment ou decisão via STF que o tire do poder. Mas agora teria sido convencido de que não precisa de Braga Netto como vice para barrar um golpe. Basta recolocá-lo no Ministério da Defesa.

Em resumo, o fato é que a escolha do vice, que era dada como definida, está em aberto de novo.

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