‘Tenho que deixar um legado’, diz ACM Neto sobre fim do mandato em Salvador

Trabalhando e sem deixar de curtir o Carnaval de Salvador, o prefeito ACM Neto falou neste último domingo (3) em tom de despedida da Prefeitura. Ao comentar a relação mais tranquila entre o Governo e o Município fora do período eleitoral, Neto disse estar “olhando para o dia 31 de dezembro de 2020”, quando o seu mandato terá fim.

“Um ano mais tranquilo. Você tem as tensões deixadas de lado. Da minha parte, sempre procuro evitar misturar as coisas, principalmente no momento de festa. Que bom que o governo do estado também está tendo postura mais tranquila, de diálogo, de abertura. Essa vai ser minha posição até o último dia do meu mandato. Estou olhando para 31 de dezembro de 2020, para o legado que tenho que deixar, para as marcas que tenho que consolidar na cidade. Esse tem que ser a linha de visão. No que depender de mim, aliás sempre assim foi, nunca vou procurar atrito gratuito”, disse, em entrevista ao Bahia Notícias.

ACM Neto também falou sobre o fato do governador Rui Costa se ausentar em virtude da morte do pequeno Arthur Araújo Lula da Silva, neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o gestor, não existe obrigação em estar presente em todos os dias da festa.

“Ninguém tem obrigação de estar no Carnaval. Estou porque trabalho muito no Carnaval, gosto do Carnaval, e sei que minha presença é essencial. A gente faz um esforço para que o Campo Grande siga movimentado. Se eu não der o exemplo, não posso pedir que os outros façam. A Prefeitura é a principal responsável pela organização e não vejo nenhuma obrigação de estar todos os dias, de ir a todos os lugares. É de foro íntimo de cada um”, indicou.

O prefeito também apontou a importância da alteração na programação dos trios e, quando questionado sobre a possibilidade de diminuir os dias da folia momesca, ACM Neto afirmou que é “uma decisão do povo”.

“Esse primeiro ajuste eu fiz esse ano. Percebi que precisava aprimorar e ficou muito bom. A ordem é ser daqui para frente. A minha visão é que nem sempre precisa de uma quantidade estúpida de atrações se você espaçar e dar o mesmo tempo de festa. O outro ponto [sobre a quantidade dos dias de Carnaval], já disse que isso não depende do prefeito, depende do povo”, pontuou.