A tempestade tropical Nicole se movia nesta última terça-feira (8) em direção à costa leste da Flórida, onde o novo foguete da Nasa para ir à Lua permanecia em sua plataforma de lançamento aguardando uma tentativa de decolagem programada para a próxima semana, que pode ser afetada.
Prevê-se que a tempestade, atualmente localizada sobre o oceano Atlântico, se tornará um furacão na quarta-feira perto das Bahamas, e que então alcançará a Flórida no final do dia ou na manhã de quinta-feira, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami.
Já foi emitido um alerta de furacão para a costa, onde fica o Centro Espacial Kennedy, de onde o foguete irá partir.
Na segunda-feira, a Nasa anunciou que havia decidido, com base nas previsões disponíveis, deixar o foguete em sua plataforma de lançamento, onde foi colocado apenas alguns dias atrás.
O foguete SLS de 98 metros de altura teve que ser devolvido no final de setembro a suas instalações de montagem, a poucos quilômetros de distância, para ser protegido do furacão Ian. Na ocasião, o engenheiro-chefe do foguete, John Blevins, explicou que para mantê-lo em sua plataforma de lançamento, os ventos máximos precisavam se manter inferiores a 137 km/h.
Na tarde de terça-feira, os ventos sustentados de Nicole atingiram “100 km/h com rajadas mais altas”, segundo o NHC.
A Nasa afirmou na segunda-feira que “avaliará o status da tentativa de decolagem” agendada para 14 de novembro com base na evolução das condições meteorológicas. Anteriormente, já haviam sido anunciadas duas datas alternativas para a partida: 16 e 19 de novembro.
O custo do foguete, que nunca decolou e cujo lançamento foi cancelado no último minuto duas vezes nos últimos meses devido a problemas técnicos, é estimado em vários bilhões de dólares.
A missão de teste Artemis 1, sem tripulação a bordo, marcará o primeiro voo do principal programa dos Estados Unidos de volta à Lua.
Em suas próximas etapas, o programa Artemis visa colocar a primeira mulher e a primeira pessoa negra na Lua, mas não antes de 2025.
A Nasa também quer estabelecer uma presença humana duradoura lá, o que incluiria a construção de uma estação espacial em órbita ao redor da Lua. Para a agência espacial, esse é um passo necessário para o planejamento da primeira viagem tripulada a Marte.