O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta segunda-feira (17) que a inauguração parcial de um centro de operações espaciais em Brasília é “o ápice da modernização do Estado” promovida por seu governo.
A apenas quinze dias do fim de seu mandato, Temer aproveitou a solenidade, que classificou como “uma espécie de inauguração de placa”, para fazer um discurso rápido com o balanço de sua gestão.
O presidente citou como medidas modernizantes a criação da lei que estabelece um limite para os gastos públicos, a reforma trabalhista e do Ensino Médio.
“Na nossa concepção, tudo isso foi criando a ideia de modernização do Estado, mas o momento culminante, o ápice dessa modernização, o momento em que eu posso dizer, em alto e bom som, o momento em que eu posso alardear por aí -e quero sugerir que todos possamos alardear o que está sendo feito pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, pela Embratel [sic], pelo Ministério da Defesa e pelas Forças Armadas-, é essa espécie de inauguração de placa que colocamos aqui do satélite geoestacionário, e, como foi dito aqui nessa tribuna, leva entre outras coisas banda larga para todo o país”, afirmou o presidente.
Durante sua fala, Temer trocou três vezes Telebras, responsável pelo projeto, por Embratel, que cuida do setor de comunicações. Ao final do evento, alertado por auxiliares, corrigiu-se: “É Telebras, não Embratel”.
A cerimônia nesta segunda marcou a entrega da infraestrutura operacional do Centro de Operações Espaciais Principal da Telebras, que vai auxiliar no controle e monitoramento de satélites geoestacionários e de baixa órbita programados e lançados pelo Brasil. O principal deles está operando em órbita desde maio de 2017.
A parte administrativa do complexo, porém, ainda não está completa mas, segundo autoridades, não compromete o início das operações via satélite. A previsão é que essas instalações fiquem prontas no primeiro semestre de 2019.
Ainda de acordo com a assessoria da Telebras, o objetivo do projeto é fornecer conectividade de internet em banda larga a escolas públicas, unidades de saúde, postos de fronteiras, áreas indígenas e quilombolas dentro do programa “Internet para Todos”.