O ex-presidente Michel Temer disse que o afastamento de Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, já era esperado e confirmação o tranquilizou.
O que aconteceu:
- Temer publicou nota oficial, criticando os métodos do magistrado. Ele também se disse constitucionalista e que a decisão “em nada surpreendeu”;
- O juiz foi afastado ontem por decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça);
- Entre as decisões na Lava Jato que foram analisadas está a prisão do ex-presidente Temer;
- A interpretação de Bretas teria sido “caolha”, e fundamentou a prisão em “suposições”, segundo o desembargador que examinou o caso.
“A história costuma corrigir as versões quando elas não espelham os fatos. Acima de tudo, o CNJ puniu o método que, até recentemente no Brasil, privilegiava a militância e as ambições pessoais em detrimento da justiça”, disse Michel Temer.
Bretas mandou prender Temer em 21 de março de 2019
O mandado fazia parte da operação Lava Jato, e era baseado em um acordo de delação. Segundo a acusação, o ex-presidente teria cometido os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro em contratos da Eletronuclear com a empresa de engenharia Engevix. Quatro dias depois, Temer foi solto.
Prisão de Temer foi criticada por Lula na época
Enquanto cumpria pena em Curitiba, Lula publicou nas redes sociais que a força-tarefa da Lava Jato estava fazendo “pirotecnia” e “espetáculo”, e que qualquer pessoa, inclusive desafetos, só pode ser presa depois de cumprido o “devido processo legal”.
A Lava Jato tenta desviar a atenção do descrédito em que estava caindo e do fundo de 2,5 bilhões que negociaram com os EUA. A Força Tarefa não precisa de pirotecnia para sobreviver, precisa de sobriedade. #RecadoDoLula
— Lula (@LulaOficial) March 21, 2019
Leia a nota de Temer na íntegra:
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— Michel Temer (@MichelTemer) March 1, 2023