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Ex-presidente Michel Temer vem tentando consolidar uma imagem de ser um político conciliador - Foto: Divulgação/Divulgação
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terça-feira 20 de setembro de 2022 às 17:19h

Temer defende que próximo presidente promova um ‘pacto nacional’; acordo poderia significar a ‘anistia do passado’

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Segundo o O GLOBO, o ex-presidente Michel Temer defendeu durante o evento “E Agora, Brasil?” promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico, em São Paulo, que o próximo presidente eleito se disponha a pacificar o país e monte um grande pacto nacional para reconstituir o Brasil. E, segundo o ex-presidente, isso poderia significar a hipótese de “anistia do passado”.

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro, disse que se não for reeleito “voltaria para casa”, o que foi entendido como uma solução negociada, apesar da possibilidade de serem abertos processos contra ele no Supremo Tribunal Federal (STF), por negligência do governo durante a pandemia ou mesmo por conspiração por questionamentos do resultado da eleição.

— O ideal seria fazer um grande pacto nacional, como aconteceu na Espanha. E quem for eleito chama a oposição, os 27 governadores eleitos, os chefes de poderes e organizações da sociedade civil para trabalhar até a posse. Quero ver quem se oporia a isso. As pessoas respirariam aliviadas. Isso seria o ideal — afirmou.

Temer disse, entretanto, que se não houver esse pacto “não sabe dizer” qual será o destino dele (Bolsonaro).

– Quando falo nesse pacto de pacificação, estou imaginando que seria verificado, se houver anistia, o que é anistiável e o que não é. Mas seria um gesto de harmonia no país – afirmou Temer, respondendo a uma pergunta da colunista do GLOBO, Vera Magalhães se o Brasil não corre o risco de se tornar um país que não pune eventuais crimes cometidos por seus governantes.

Temer lembrou o princípio constitucional da paz quando falou em anistia.

– A Constituição é pautada pela paz – afirmou o ex-presidente.

Ele disse que a invasão do Capitólio, nos Estados Unidos, vai servir como vacina para o Brasil. Há pelo 500 pessoas processadas, incluindo o ex-presidente Donald Trump, que estimulou a invasão.

— Isso serve como vacina. Aqui haverá a mesma coisa? O exemplo dos EUA serve como exemplo negativo. Não façam isso porque podem ser processados — alertou Temer.

 

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