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O presidente do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), e o ex-presidente Michel Temer (MDB) se reuniram nesta quinta-feira, 20, com o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). O encontro fez parte de uma rodada de conversas sobre a possível fusão entre MDB e PSDB.
O encontro ocorreu em São Paulo, no escritório de Temer, e contou ainda com a presença do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) e do ex-ministro Vinícius Lummertz.
Baleia publicou uma foto da conversa na sua página do X, dizendo que as duas legendas “têm uma ligação histórica e programática, como o apoio ao Plano Real, da Era FHC, e as reformas promovidas por Temer”. “Sobretudo, sempre estivemos juntos na defesa da democracia”, escreveu o dirigente nacional.
Abi-Ackel também compartilhou a imagem e destacou as “semelhanças históricas entre os partidos”. “Possuem ideais muito parecidos e sempre foram muito unidos, e avançamos nas discussões sobre a consolidação de um projeto de centro democrático para o Brasil. Os debates continuarão nas próximas semanas”, disse o deputado.
Aécio disse, em nota, que os dois partidos avançaram na discussão da busca de um “projeto de fortalecimento do centro democrático no Brasil”.
O PSDB foi criado em 1988 por um grupo integrado por políticos que romperam com o então PMDB, como Mário Covas, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Franco Montoro. Todos deixaram a sigla durante os debates da Assembleia Constituinte. A divergência sobre o sistema de governo foi um dos motivos do racha: enquanto o PMDB apoiava o presidencialismo, o grupo que fundou o PSDB votou a favor do parlamentarismo.
Na reunião, foi discutida a possível retomada do casamento entre os dois partidos. Nos bastidores, dirigentes avaliam que um acordo é improvável, já que o PSDB passou a rejeitar a incorporação e aceitar apenas a hipótese de fusão.
A fusão ocorre quando dois partidos ou mais deixam de existir para formar uma nova legenda. O impasse, no caso do MDB, é que uma fusão abriria margem para que parlamentares pedissem desfiliação por justa causa, sem risco de perder o mandato.
Outro desafio da fusão é a necessidade de um novo estatuto e uma nova direção partidária, exigindo a reorganização das forças partidárias locais. O problema é que o MDB tem caciques consolidados em diversos estados, o que pode dificultar um consenso.
