Indícios de que o Banco do Brasil gastou 119 milhões de reais com publicidade em um site famoso pela propagação de fake news fez com o que TCU determinasse a suspensão imediata de qualquer veiculação de anúncios do banco em sites, blogs, portais e redes sociais.
A decisão desta quarta-feira é do ministro Bruno Dantas, e atende a pedido feito pelo Ministério Público de Contas. O ministro ainda pede para que a CGU crie um grupo de trabalho do governo com entidades de imprensa para que elaborem, em 90 dias, um manual de boas práticas sobre certificação de veículos que podem “receber monetização via anúncios publicitários”.
Na semana passada, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, levou uma “bronca” do vereador Carlos Bolsonaro e decidiu liberar publicidade da estatal no site de notícias falsas. O imbróglio foi gerado depois que o banco anunciou que retiraria seus anúncios do suposto veículo de informação. O filho do presidente da República escreveu que a decisão pisoteava “em mídia alternativa que traz verdades omitidas”.
Ficam excluídas da determinação do TCU os portais, sites, blogs e redes sociais vinculados a empresas concessionárias de serviços de radiodifusão. O ministro explica que, por serem “delegatárias de serviço público”, já foram “escrutinadas quanto aos critérios de interesse público da informação que veiculam”. Também ficam de fora os portais ligados a jornais e revistas que existam há mais de dez anos.