Servidores do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE/BA) participaram, na tarde desta última segunda-feira (5), da oficina Comunicação Eficaz em Auditoria: Redação, Direito Visual e ChatGPT. O curso apresentou as funções da Inteligência Artificial, normas de redação e técnicas visuais que podem facilitar o trabalho de Auditoria. Promovida pela Escola de Contas José Borba Pedreira Lapa (ECPL), a oficina integra o Plano de Capacitação 2023 dos servidores da Casa de Contas e Controle baiana.
Na sala de treinamento da ECPL, o diretor da Escola, conselheiro Inaldo Araújo, fez a abertura do curso por videoconferência, destacando o comprometimento de cada servidor presente em busca do aperfeiçoamento de suas funções. “Ao longo dos meus 36 anos de Tribunal, tenho visto o quanto esta casa investe na formação. Percebo isso em conversas que tenho com outros órgãos estaduais e de outros estados, e vejo a qualidade, o perfil, a capacitação dos nossos servidores. Ter vocês aqui demonstra o quanto temos pessoas interessadas em evoluir profissionalmente e construir uma instituição cada vez melhor”, finalizou o conselheiro.
goncalo 2A oficina, que teve carga horária de quatro horas, foi ministrada pelos auditores estaduais de controle externo Gonçalo de Amarante Santos Queiroz e Gustavo Farias, e pelo gerente de Informações Estratégicas e Apoio à Auditoria do TCE/BA, Augusto Gonçalves de Sousa. Cada um deles abordou os três temas principais da capacitação.
Em sua apresentação, o gerente de Informações Estratégicas, Augusto Gonçalves, definiu o ChatGPT e explicou como ocorre o treinamento, compreensão e geração de texto pelo aplicativo. A explanação “O próprio ChatGPT foi gerado para diálogos, ele ficou conversando com ele mesmo, e as respostas dessas perguntas foram enviadas para pessoas humanas como a gente, que classificaram as respostas em útil, não útil e parcialmente útil. Esse processo é o que chamamos de Aprendizado por Reforço com Feedback Humano. A capacidade dele lidar com as soluções de problemas é limitado a esse conhecimento do aprendizado, ele não pode falar uma coisa que ele não aprendeu, ou seja, ele não substitui o conhecimento humano”, explicou.
Além de apontar as possibilidades de uso do ChatGPT na auditoria, Augusto também destacou as ferramentas que já recorrem à Inteligência Artificial no TCE/BA, como o Mirante, a assistente virtual TiCianE e o Modelo Preditivo de Convênios.
GgustO auditor de controle externo Gonçalo de Amarante aproveitou para dar dicas de forma e conteúdo em relatório de auditoria. Ele destacou o uso das normas ABNT, APA e regras gramaticais. Sobre o Direito Visual (Visual Law), o auditor Gustavo Farias salientou a necessidade de aplicação prática do conceito na Casa de Contas, que usa de técnicas visuais e de linguagem (imagens, ícones, ilustrações) para facilitar a comunicação nos documentos jurídicos, tornando o Direito mais acessível para a população.
“O que interessa aqui é porque eu estou preocupado com quem vivenciou aquela experiência; quem vai receber aquela informação, que, no nosso caso, é o cidadão. O cidadão passa a ser nossa prioridade na comunicação. É preciso que todas as pessoas entendam o que estamos fazendo aqui no Tribunal para que possamos avançar. Já utilizamos os quadrinhos aqui nas revistas didáticas e poderíamos também desenvolver técnicas visuais que facilitem a leitura dos relatórios de auditoria”, disse Gustavo, que citou as versões cidadã e simplificada do Relatório e Parecer Prévio das Contas de Governo como exemplos de avanço na acessibilidade.
Durante as apresentações, os servidores compartilharam experiências, dirimiram dúvidas e discutiram sobre a aplicação dos assuntos abordados no trabalho