A partir dessa quarta-feira, 1° de fevereiro, começa a 57ª legislatura do Senado, quando serão empossados os eleitos em outubro do ano passado, quando um terço das vagas esteve em disputa (27 de 81 parlamentares) E, dentro de um contexto onde apenas cinco senadores foram reeleitos, a data também significa conforme a coluna Maquiavel, a despedida de vários nomes muito conhecidos na Casa.
Ao todo, 22 senadores têm como último dia de mandato esta terça, 31 de janeiro. Três deles já têm emprego garantido: Alexandre Silveira (PSD-MG), Jean Paul Prates (PT-RN) e Simone Tebet (MDB-MS) terão cargos no governo do Luiz Inácio Lula da Silva. Silveira tentou a reeleição, não conseguiu e será ministro de Minas e Energia; Prates não conseguiu se eleger como suplente ao Senado, e comandará a Petrobras; e Tebet, que falhou em sua tentativa de chegar à Presidência da República, chefiará a pasta do Planejamento.
Outros não tiveram a mesma sorte. Álvaro Dias (Podemos-PR) tentou a reeleição em seu estado, mas perdeu uma eleição pela primeira vez desde 1994. Assim como Dias, Kátia Abreu (PP-TO), Acir Gurgacz (PDT-RO), Dário Berger (PSB-SC), Roberto Rocha (PTB-MA), Rose de Freitas (MDB-ES) e Telmário Mota (PROS-RR) também fracassaram na tentativa de se reeleger.
Há quem tentou alçar voos no Executivo estadual, como o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL), que ficará sem cargo no senado após ser derrotado nas eleições para governador de Alagoas.
Existem ainda os que tentaram mudar de casa no Legislativo de Brasília, mas também falharam. José Serra (PSDB-SP) e Lasier Martins (Podemos-RS) se candidataram a deputado federal, mas não foram eleitos. O mesmo aconteceu com Elmano Férrer (PP-PI).
Por fim, alguns senadores, mesmo conhecidos, optaram por não disputar as eleições de 2022, o que para muitos pode ser um sinal de aposentadoria. Foi o que decidiu, por exemplo, Tasso Jereissati (PSDB-CE), aos 74 anos.
Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO), Maria do Carmo Alves (PP-SE), Nilda Gondim (MBD-PB), Paulo Rocha (PT-PA) e Antônio Reguffe (União Brasil-DF) também perderão o mandato e não se candidataram a nada no ano passado.
Já a senadora Mailza Gomes (PP-AC) também perderá seu cargo no Senado, mas estará empregada, uma vez que é a vice-governadora na chapa de Gladson Cameli (P), reeleito governador do Acre no ano passado.