O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), minimizou neste domingo (9) conforme o jornal O Estado de S. Paulo, sobre o desentendimento público com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por causa da Reforma Tributária.
“Sempre tive uma lealdade muito grande [a Bolsonaro]. Os pontos sobre reforma eu tinha colocado antes para ele e tá tudo bem. Conversamos e sempre serei leal ao presidente, sempre serei grato ao presidente. Se eu estou aqui, eu devo a ele”, disse.
A declaração foi dada durante um evento de comemoração pela Revolução de 32, na capital paulista. Ao ser questionado por jornalistas sobre a crise com Bolsonaro, Tarcísio chamou o ex-presidente de “grande amigo” e disse que a divergência era natural.
“Não é possível que a gente vá concordar sempre em tudo, já era assim quando eu era ministro. Tinha situações que eu discordava dele, mas procurava assessorá-lo da maneira mais respeitosa, da maneira mais leal possível”.
Nesta quinta (6), enquanto Tarcísio defendia a Reforma Tributária, o ex-presidente recebeu aplausos ao interrompê-lo para dizer que “se o PL estiver unido, não aprova nada”. O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), por sua vez, afirmou que o governador não representava a direita.
Depois do desentendimento público, deputados bolsonaristas afirmam que a crise escancarou a insatisfação da direita com o governador, que antes vinha sendo mantida nos bastidores, e que o movimento de independência pode lhe custar apoio no estado.
Bolsonaro vem atuando como bombeiro na tentativa de superar o racha, mas a militância bolsonarista segue fustigando Tarcísio como traidor nas redes, inclusive com a participação dos filhos do ex-mandatário.
Interlocutores dizem que ambos veem o episódio como superado e que é preciso olhar para frente. Na sexta (7), padrinho e afilhado conversaram por telefone, em tom amigável, e se encontraram em Brasília por cerca de uma hora.