O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), proibiu segundo a coluna de Mônica Bergamo, da Folha, que integrantes de sua equipe e apoiadores falem sobre a possibilidade de ele ser candidato à Presidência da República em 2026.
Segundo interlocutores do governador, ele quer evitar a todo custo uma indisposição com bolsonaristas radicais, que poderiam passar a taxá-lo de traidor e a fazer campanha diuturna contra ele nas redes sociais.
A imagem de traidor foi colada por adversários em João Doria em 2018, quando ele, então prefeito de São Paulo e pupilo de Geraldo Alckmin (PSB), quis desbancar o padrinho político para ser candidato a presidente da República. O exemplo também inspiraria Tarcísio a frear o impulso de correligionários de estimularem sua candidatura presidencial, mesmo diante da possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) ficar inelegível.
O governador avalia também, segundo os mesmos interlocutores, que uma disputa contra o PT em 2026 não seria um passeio. Caso Lula seja candidato à reeleição, segundo essa análise, provavelmente sairá como favorito: além de um eleitorado consolidado, o petista terá a poderosa máquina de governo nas mãos.
Se fizer um governo bem avaliado, Tarcísio teria chances maiores de se reeleger governador de SP.
Hoje com 47 anos, ele teria tempo para esperar por uma candidatura presidencial depois de cumprir o segundo mandato no Palácio dos Bandeirantes. Em 2030, Tarcísio terá 55 anos.