A inflação de setembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,44%, quase meio ponto acima do percentual registrado em agosto, quando houve deflação de 0,02%. Com isso, a inflação acumulada em 2024 chega a 3,31% e, em 12 meses, alcança os 4,42%.
O índice de difusão de inflação, o indicador que mostra o percentual de produtos em crescimento ou queda, ficou em 56% em setembro. Isso que significa que dos 500 itens avaliados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para calcular o IPCA, mais da metade deles registra alta. Se considerarmos só os produtos Alimentícios, o índice de difusão vai a 59%. Entre os Não Alimentícios, ficou em 55%.
Veja abaixo as maiores e menores quedas de preço no acumulado em 2024:
Veja os 20 itens com maiores altas 2024
Veja os 20 itens com maiores quedas em 2024
Alimentos lideram ranking de altas
Os alimentos dominam o topo da lista de itens com maiores altas no ano. Tangerina (47,34%) e da manga (40,91%) lideram o ranking de altas de 2024. O café, que vem em trajetória de alta, acumula inflação de quase 25% no ano e o azeite de 20,63%.
Outro produto em alta foi o etanol, que entra no grupo Transportes, com 16,23% de aumento este ano, enquanto a gasolina teve 9,44% de aumento no período.
Conta de luz foi a vilã de setembro
O que mais contribuiu para a alta do índice de preços em setembro foi a energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,463 a cada 100kwh consumidos.
O item energia elétrica compõe o índice do grupo Habitação, que teve alta de 1,80% no mês, acumulando 4,83% no ano. Em outubro, a conta de luz ficará ainda mais cara em razão do acionamento da bandeira vermelha patamar 2.