Um ofício do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) apontou de acordo com Lucas Franco e Fernando Valverde, do A Tarde, que um dos motivos para a rejeição do habeas corpus pedido por Mayana Cerqueira da Silva, esposa do deputado estadual Binho Galinha (Solidariedade), é a suspeita de violência doméstica.
“Ademais, ao prestar as informações requisitadas, o Juízo Impetrado consignou que, ‘nos autos, de forma fortuita, há fortes indícios de que a paciente seria exposta a violência doméstica por parte do acusado Kleber, o que reforça a contraditoriedade do pedido de convívio com ele, nos termos das mensagens trocadas entre a acusada e seu filho João Guilherme, que demonstram a possível violência do suposto líder da organização criminosa'”, apontou em ofício a Primeira Câmara Criminal 2ª Turma do TJ-BA.
No dia 7 de dezembro, durante a operação “El Patrón”, da Polícia Federal (PF), Binho Galinha foi apontado como suspeito de liderar uma grande organização criminosa, envolvido com milícia e jogos de azar em Feira de Santana.
Mayana conseguiu a prisão domiciliar ao justificar que tem uma filha de 9 anos de idade que necessita de seus cuidados. O retorno para casa, entretanto, ocorreu sob a condição de ficar proibida de manter contato com o marido e o filho, João Guilherme, que está preso.
O advogado Rafael Rebouças Esperidião impetrou, por mais de uma vez ainda conforme o A Tarde, habeas corpus em favor de Mayana Cerqueira da Silva para que o casal pudesse voltar a ter contato. A última tentativa foi rejeitada pelo TJ-BA nesta terça-feira (30).