Decisão que homologou Plano de Trabalho de Legislativo e Executivo está em análise pelos demais ministros da Corte até 5 de março
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria nesta sexta-feira (28) para confirmar a decisão do ministro Flávio Dino que liberou o pagamento das emendas parlamentares homologando o Plano de Trabalho que Executivo e Legislativo apresentaram. A votação aconteve no plenário virtual e vai até dia 5 de março.
Além do voto de Dino, que é o relator, ja votaram o presidente, Luís Roberto Barroso, Nunes Marques, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Alexandre de Moraes — único até o momento que, ao invés de apenas seguir o relator, votou para acompanhá-lo. Ele falou sobre os limites da independência dos poderes e elogiou o trabalho de Dino, ressaltando a competência do STF para garantir que a Constituição seja cumprida em todas as facetas da República.
“Sob a relatoria do ministro Flávio Dino, o controle judicial do cumprimento da decisão de mérito transitada em julgado nos presentes autos assumiu, de modo adequado, feições dialógicas e colaborativas, chamando-se todos os órgãos envolvidos – os Poderes Executivo e Legislativo, protagonistas do processo orçamentário, como também as instâncias de controle administrativo e financeiro – a apresentarem explicações sobre a realidade das execuções de emendas parlamentares”, disse Moraes no seu voto.
Entenda o caso
Na última quarta, Dino homologou um Plano de Trabalho que governo e Congresso apresentaram para fazer o pagamento das emendas obedecendo às determinações do ministro em termos de transparência desse procedimento. Algumas modalidades, como as emendas de comissão e de bancada, ainda precisam ser demonstradas e justificadas na atas de reunião desses colegiados.
A decisão deixou claro que em casos específicos em que houve ordem judicial de suspensão da emenda, a verba não será paga. Investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre pagamentos ilícitos e suspeitas de desvios também continuarão tramitando normalmente, independente do teor da decisão de quarta.
Havia uma audiência de conciliação e instruçao marcada para esta quinta, 27, que foi cancelada. Em contrapartida, no final de maio Executivo e Legislativo terão que voltar ao Supremo para atualizarem o cumprimento do Plano de Trabalho.