A Suprema Corte do Quênia confirmou nesta segunda-feira por unanimidade a vitória de William Ruto na eleição presidencial deste ano, em um julgamento contundente que criticou as acusações de trapaça do líder da oposição Raila Odinga.
Logo depois, Odinga disse no Twitter que respeitará a decisão, embora discorde dela, aliviando os temores de que o Quênia repetiria a violência que se seguiu às eleições acirradas em 2007 e 2017.
Várias figuras públicas e ativistas anticorrupção, incluindo alguns que apoiaram Odinga, saudaram o julgamento, dizendo que reforçava a reputação de independência do tribunal.
Não houve sinais imediatos de protesto na cidade de Kisumu, reduto de Odinga, ou nos bairros de baixa renda de Nairóbi, que tradicionalmente apoiam o político de esquerda.
A nação mais rica e influente da África Oriental estava em suspense desde as eleições de 9 de agosto, que opuseram Ruto, vice-presidente do país, contra duas das famílias políticas mais poderosas do país.
Martha Koome, que preside a Suprema Corte de sete membros, não deixou ambiguidade sobre a posição do tribunal em relação aos principais argumentos apresentados pela equipe de Odinga e outros reclamantes.
Ela rejeitou alguns depoimentos alegando que os formulários de resultados das assembleias de voto foram adulterados como “duplo boato”.
Ruto será empossado em 13 de setembro.