Centro-esquerda da premiê Magdalena Andersson teria vitória apertada sobre partidos oposicionistas de centro-direita nas eleições parlamentares, segundo pesquisa. Ultradireita deve obter votação recorde.O bloco governista de centro-esquerda venceu as eleições gerais suecas neste domingo (11) com margem apertada sobre a oposição de centro-direita, segundo pesquisas de boca de urna, embora o partido de ultradireita Democratas Suecos deve obter votação recorde e pode vir a se tornar o pela primeira vez o segundo maior do Parlamento.
De acordo com a sondagem da emissora pública SVT, o bloco de centro-esquerda da premiê sueca, Magdalena Andersson, formado por quatro partidos, conseguiu 49.8% dos votos, contra 49,2% do bloco oposicionista de centro-direita, também de quatro partidos.
Pesquisas de opinião mostraram que a corrida acirrada durante grande parte da campanha, e as pesquisas de boca de urna muitas vezes podem diferir do resultado final. Uma pesquisa da emissora TV4 no dia da eleição também mostrou a centro-esquerda liderando por vantagem estreita, de 50,6 % a 48 %.
Os social-democratas de Andersson estão no poder há oito anos. A campanha teve a segurança como um dos temas de maior destaque, após uma onda de tiroteios envolvendo gangues, ao mesmo tempo que a alta da inflação e a crise energética que se seguiu à invasão da Ucrânia ocupam cada vez mais o centro das atenções.
Oito partidos concorreram nas eleições parlamentares suecas, e cada um dos partidos pertence ao bloco de centro-esquerda ou ao bloco conservador.
Negociações podem ser complicadas
Um empate pode gerar complicadas negociações para formação de governo, provavelmente lideradas por Magdalena Andersson ou Ulf Kristersson, um veterano político que lidera o Partido Moderado, de centro-direita.
Andersson atualmente lidera um governo minoritário composto apenas por seus social-democratas. O partido conta com o apoio do liberal Partido do Centro, da Esquerda e dos Verdes.
Já Kristersson começou recentemente a alinhar seus interesses com o populista de direita Democratas Suecos, que saltaram para o segundo lugar nas pesquisas de opinião, atrás dos social-democratas, nas últimas semanas da campanha.
Prevê-se que o partido de ultradireita ultrapasse os moderados e ganhe mais de 20% dos votos. Isso lhes dará poder sem precedentes para moldar o governo.
O pediatra Erik George, 52 anos, acredita que a campanha eleitoral foi marcada por um aumento do populismo. “Eu penso que os tempos estão realmente tumultuados e as pessoas têm dificuldade em saber o que está acontecendo”, disse ele do lado de fora do local de votação.
“Tenho medo da chegada de um governo muito repressivo, muito de direita”, afirmou o agente de viagens Malin Ericsson, 53 anos, diante de um local de votação no centro de Estocolmo.