Da base do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o vereador Ricardo Almeida (PSC) disse, conforme publicou o jornal Tribuna da Bahia, que o substituto do democrata terá um “peso enorme” quando assumir o Palácio Thomé de Souza. “Quem entrar no dia 1º de janeiro de 2021 vai entrar sob pressão, porque vai substituir um dos melhores prefeitos que esta cidade já teve. Não sou eu que estou dizendo. (…) E trabalhar sob pressão não é fácil. É um peso enorme”, declarou Almeida, em entrevista à Rádio Câmara Salvador.
Para ele, o novo gestor soteropolitano terá o desafio de enfrentar o desemprego na capital baiana.”Tivemos uma dificuldade enorme com isso (a geração de emprego), porque não temos indústrias. As indústrias não estão aqui. E o turismo fez muita falta com a queda do Centro de Convenções, que trouxe uma dificuldade não só aos hotéis, mas aos transportes…”, analisou.
Ricardo Almeida entende que o prefeito ACM Neto terá uma “batata quente” na mão, ao se referir à dificuldade para escolher o candidato a sucessor. O vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), é apontado como postulante natural. No entanto, para o vereador, além do vice-prefeito, mais três nomes podem ser candidatos. São eles: o presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior (SD), o secretário municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), Leo Prates (DEM), e o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani.
“(Bruno Reis) é articulado. Tem bom trânsito no grupo. Mas essa decisão (sobre quem será o candidato) é do prefeito ACM Neto. Quem escala o time é o técnico. E os demais jogadores jogam. Espero que seja escolhido o melhor do grupo. (…) O que não podemos ter é retrocesso”, salientou Ricardo Almeida, que também é presidente do PSC em Salvador.
Para ele, é “natural” Geraldo Júnior também pleitear ser candidato à sucessão. Segundo o vereador, o presidente da Câmara é um “homem extremamente preparado”. “Ele é representante de uma cidade. E de um poder”, elogiou. Sobre a possibilidade de a vereadora Lorena Brandão (PSC) integrar uma eventual chapa, Ricardo Almeida desconversou. ”É um grande nome. É um grande quadro que Salvador descobriu. Iria agregar em qualquer posição que viesse a ser candidata”, pontuou.
Na visão dele, a Câmara ganhou protagonismo maior na gestão de Geraldo Júnior. “A Câmara é um poder constituído. Não vinculado a nenhum poder. Nada mais justo que cada poder assumir o seu protagonismo dentro da sua área. (…) Vejo que o presidente está muito atento a qualquer ingerência externa, dando essa autonomia”, frisou.