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terça-feira 20 de junho de 2023 às 07:19h

Submarino desaparecido nos destroços do Titanic não tinha motor próprio nem GPS e era pilotado por controle de videogame

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Um dos tripulantes do submarino desaparecido, que levava turistas para conhecer os destroços do Titanic no Oceano Atlântico, é o mais reconhecido especialista do naufrágio do Titanic, Paul-Henry Nargeolet.

O homem seria segundo informações do jornal britânico The Guardian, a principal “autoridade no local do naufrágio”. Paul está com outros quatro tripulantes dentro do submersível, entre eles o bilionário britânico Hamish Harming, que publicou nas redes sociais antes do embarque: “A equipe do submarino tem alguns exploradores lendários, alguns dos quais fizeram mais de 30 mergulhos no RMS Titanic desde os anos 80, incluindo PH Nargeolet”.

O jornalista David Pongue, que viajou no submarino que leva turistas para conhecer os destroços do Titanic e que desapareceu no Oceano Atlântico, afirmou que “tudo parecia amador” na embarcação. As declarações foram à TV Globo.

Pongue contou que só desceu 10 metros de profundidade porque houve problemas técnicos no submersível em uma das tentativas.

O veículo da empresa OceanGate, apelidado de “Titan”, teve falhas de comunicação com a superfície e ficou “perdido” por duas horas e 30 minutos, segundo Pongue, jornalista da rede de televisão norte-americana CBS News. Ele relatou que os problemas ocorreram durante uma expedição em novembro do ano passado.

Ele comentou que “qualquer um ficaria horrorizado sobre como tudo parecia amador” e que, como o submersível não conta com GPS, cabe a um navio na superfície guiar a equipe submersa até o Titanic usando mensagens de texto.

Ele disse: O submarino era dirigido com controle de videogame. E não tinha GPS, nem cabo que o ligasse até a superfície, mas o fabricante garantiu que a cápsula, que é o mais importante, é segura, blindada, feita pela NASA”.

Segundo o tabloide britânico The Sun, Paul teria citado, em uma entrevista de 2019, os perigos extremos da exploração em alto mar. “Se você está 11 metros ou 11 quilômetros abaixo [da superfície] e algo ruim acontece, o resultado é o mesmo. Quando você está em águas muito profundas, você está morto antes de perceber que algo está acontecendo”, disse à Irish Examiner.

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