A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou segundo Mariana Muniz, do O Globo, um inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) por suposto recebimento indevido de valores. A decisão foi tomada por quatro votos a um.
A apuração contra Aécio foi aberta em 2020 a partir da partir da delação premiada da empreiteira OAS. O ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, afirmou que houve o pagamento de suposta propina, entre 2010 e 2012, para Aécio Neves para impulsionar contratos da empresa em obras em Minas Gerais, visando, em especial, o fornecimento de materiais e serviços para a implantação do Programa de Eletrificação Rural “Luz Para Todos”.
Inicialmente, os ministros analisaram uma questão de ordem levantada pelo ministro Gilmar Mendes propondo o encerramento da investigação. Para o decano da Corte, não havia indícios que justificassem a continuidade da apuração.
Na avaliação de Gilmar, não havia “elementos mínimos que pudessem sustentar a investigação e manutenção do inquérito a partir das diligencias investigativas”.
O voto foi seguido pelos ministros André Mendonça, Nunes Marques e Dias Toffoli. O ministro Edson Fachin votou para manter o envio da investigação para a Justiça de Minas Gerais.
Em nota, a defesa de Aécio Neves disse que o arquivamento promovido pelo Supremo demonstra, “mais uma vez, a covardia e falsidade das acusações feitas contra o parlamentar”.
“Essas falsas acusações são resquícios de uma época em que o Estado Democrático do Direito Brasileiro foi atacado e ameaçado pelo projeto pessoal de poder de alguns membros de algumas instituições, que lançaram denúncias indevidas contra as lideranças de diversos partidos políticos do país. A verdade, mais uma vez, prevaleceu”, diz a nota assinada pelo advogado Alberto Toron.