“O seu voto não é por um candidato, o seu voto é contra a corrupção, é contra a ideologia marxista, é contra o desarmamento e é a nossa única chance de salvar o Brasil. É Jair ou já era”, dizia a então candidata Soraya Thronicke a poucos dias da eleição de 2018, com sinal de arminha na mão. As informações são do Estadão.
Apresentada ao eleitorado de Mato Grosso do Sul como a “senadora de Bolsonaro”, a advogada foi eleita e seguiu alinhada com o governo federal, até que veio a pandemia. De aliada a “traíra”, como afirmam os bolsonaristas, Soraya viu-se candidata à Presidência na última hora e, independentemente do vencedor, a porta ficará aberta para o seu partido, o União Brasil, compor o futuro governo.
O União Brasil decidiu lançar Soraya como candidata à Presidência da República em agosto, depois de o presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), desistir de ser candidato ao Palácio do Planalto para tentar a reeleição como parlamentar. O União Brasil é fruto da fusão entre o PSL, legenda que elegeu Bolsonaro em 2018, e o DEM, que rechaça apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Destaque nos debates pelas pegadinhas e frases de efeito em confrontos diretos com Bolsonaro, a quem chegou a chamar de “tchutchuca” no encontro da Band, Soraya vai aos poucos colhendo os frutos de se tornar um nome conhecido além de Mato Grosso do Sul ao mesmo tempo que desfruta do conforto de ter mais quatro anos de mandato de senadora pela frente.