Com a exoneração de Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia nesta semana, restaram no governo apenas três ministros empossados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Estão desde janeiro de 2019 na Esplanada:
- Paulo Guedes, da Economia;
- Augusto Heleno, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
- Wagner Rosário, da CGU (Controladoria-Geral da União).
A saída de Albuquerque foi publicada na edição da última quarta-feira (11) do Diário Oficial da União. Em seu lugar, entrou Adolfo Sachsida, que atuava no Ministério da Economia, ao lado de Guedes.
A mudança ocorre após recentes ataques de Bolsonaro à política de preços da Petrobras, estatal ligada à pasta de Minas e Energia.
Os últimos ministros da formação original a deixarem o governo decidiram concorrer às eleições deste ano e capilarizar o palanque de Bolsonaro nos estados:
- Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura;
- Marcos Pontes, da Ciência, Tecnologia e Inovações;
- Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;
- Damares Alves, da Mulher, Família e Direitos Humanos;
- Walter Braga Netto, da Defesa (este saiu para possivelmente ser o vice na chapa de Bolsonaro).
Recordista de ministérios
Fiel amigo de Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni (PL-RS) chegou a comandar três pastas distintas até o presidente recriar o Ministério do Trabalho e Previdência.
Ele estreou no governo à frente da Casa Civil, depois foi para o da Cidadania, seguido da Secretaria-Geral da Presidência. Saiu da Esplanada para concorrer ao governo gaúcho.
Trocas constantes
Os ministérios que mais somaram trocas foram a Secretaria-Geral e a Educação, com cinco ministros desde 2019.
No MEC, atualmente, está Victor Godoy, que assumiu a pasta no lugar de Milton Ribeiro, após suspeitas de irregularidades no repasse de verbas. Antes dele, estavam Ricardo Vélez, Abraham Weintraub e Carlos Decotelli.
A Secretaria-Geral, por sua vez, é comandada por Luiz Eduardo Ramos. Antes dele, foi chefiada por Lorenzoni, pelo general Floriano Peixoto, atual ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), por Jorge Oliveira e Gustavo Bebianno, coordenador da campanha de Bolsonaro em 2018.
Bebianno foi o primeiro ministro demitido da gestão, com apenas 48 dias de governo, após ser pivô da primeira crise do governo. O ex-ministro morreu em março de 2020, aos 56 anos, vítima de um infarto.