O prefeito de Recife, João Campos, que assume a presidência nacional do PSB este ano, pensa segundo colunista Guilherme Amado, do PlatôBR, em mudar o nome do partido. Segundo um dirigente próximo do prefeito, o “S” deve deixar de ser “Socialista”.
Dirigentes do PSB têm avaliado que o “Socialista” só tem afastado potenciais eleitores e que o ideário da legenda é mais social-democrata. A ideia é que as letras permaneçam, mas que seu significado mude. Pode ser, por exemplo, Partido Social Brasileiro ou Partido da Sociedade Brasileira. Ainda não há definição.
O estatuto do PSB, que completa 40 anos em 2025, fala diversas vezes que seu papel é defender ideais socialistas. De todo modo, o estatuto pode ser alterado pela presidência. E, mesmo perdendo o S, a sigla não deixaria de ser de centro-esquerda, avalia o dirigente ouvido pela coluna.
Aos 31 anos, João Campos é o prefeito mais jovem das capitais e tem uma linha de comunicação cobiçada até pela equipe de Lula. Esse espírito de juventude é o que os seniores do PSB esperam de sua gestão.
Campos não deve ter dificuldade de imprimir seu estilo. Seu pai, Eduardo Campos, que morreu durante a campanha presidencial de 2014, foi a maior liderança do partido. Seu irmão Pedro Campos, mais novo que João, assumiu no sábado, 1, a liderança do PSB na Câmara.
Não é novo o incômodo causado pelo S de “Socialista”. Em São Paulo, por exemplo, o PSB já abrigou até o ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf, que nunca teve nada de socialista.
Sobre isso, em 2010, quando foi questionado sobre a filiação, o empresário afirmou que o S era só uma letrinha. “A população não quer pegar letrinha de partido”, afirmou ele em entrevista ao jornal O Globo. Naquela época, sua declaração revoltou os líderes mais antigos, diz o colunista Guilherme Amado, do PlatôBR.