Para derrotar o candidato do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), na eleição de 2020, os aliados do governador da Bahia, Rui Costa (PT), têm planejado nos bastidores “ações conjuntas”, segundo publicou o Bahia Notícias nesta quinta-feira (20).
Segundo publicação, as estratégias começaram a ser discutidas no Conselho Político, que tem a participação dos presidentes de partidos e do chefe do Executivo baiano.
Uma das estratégias é conhecida publicamente, já que foi sugestão do próprio governador. Os pré-candidatos a prefeito de Salvador vão começar a participar dos eventos de Rui Costa na capital baiana. Outra tática debatida foi a de criar uma “caravana coletiva”. O PT já anunciou que pretende iniciar em julho a sua caravana. No entanto, foi discutida a ideia de que todos os pretendentes da base petista ao Palácio Thomé de Souza também participem desta “peregrinação” pelos bairros soteropolitanos.
“O ideal seria formar a caravana, e nós estamos defendendo que se possível vá em conjunto logo depois do São João. Hoje, já temos ido aos bairros individualmente”, afirmou o presidente do Podemos na Bahia, o deputado federal Bacelar, em entrevista ao Bahia Notícias. Os presidentes estaduais do PT e do PSD, Everaldo Anunciação e Otto Alencar, respectivamente, afirmaram que esta tática não está definida, mas negaram resistência à peregrinação em grupo.
Bacelar, que é pré-candidato a prefeito da capital, defende que a base de Rui tenha apenas um postulante. “Eu defendo que seja uma candidatura única porque nós vamos mais forte e decide logo no primeiro turno”, afirmou. No entanto, a avaliação no governo é de que a ideia de candidatura única não deve prosperar. Nos bastidores, aliados do governador dizem que a tendência é ter dois ou três postulantes. Neste cenário, cada um “vai cuidar do seu programa político”.
O candidato de ACM Neto ainda não está definido. Hoje, o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), é apontado como o nome natural para competir na sucessão. O prefeito tem dito que o martelo só será batido em dezembro deste ano, mas aliados não acreditam neste prazo.