O processo que envolve a capacitação de pacientes, cuidadores e profissionais de saúde para aprimorar ações cotidianas e novas práticas é chamado de Educação em Saúde. Para subsidiar os gestores públicos na adoção de melhores práticas, o Ministério da Saúde (MS) lançou o Sistema de Mapeamento em Educação na Saúde (Simapes). A ferramenta inédita vai interligar cinco banco de dados e permitirá a coleta, a análise e a disponibilização de informações sobre educação em saúde no Brasil.
Os dados incluídos no sistema são do Sistema eletrônico de acompanhamento dos processos que regulam a educação superior no país (E-MEC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Contrato Organizativo de Ação Pública de Ensino-Saúde (Coapes) e do E-SUS Atenção Básica. As informações devem ajudar a identificar as demandas e necessidades de cada região, além mapear se o local tem estrutura necessária ou precisa de aprimoramento.
Com a nova ferramenta, lançada no dia 6 de agosto, será possível investigar ainda a relação entre a oferta de cursos de graduação, técnicos e a estrutura de serviços da saúde, especialmente quanto à oferta de campo de prática e de qualidade; averiguar as necessidades de formação e qualificação dos gestores e profissionais no âmbito do SUS; prover o Ministério da Saúde de informações para a tomada de decisões no âmbito da educação em Saúde. Também vai permitir divulgar informações sobre a gestão do SUS.
O Ministro interino, Eduardo Pazuello, acredita que o sistema contribuirá para a padronização de informações sobre saúde no país. Durante o lançamento do Simapes, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Maira Pinheiro, informou que o governo apresentará, nos próximos meses, o novo Marco Regulatório da Residência em Saúde. Segundo ela, a ideia é transferir, do Ministério da Educação para o Ministério da Saúde, atribuições relativas ao período de residência pelo qual os profissionais da saúde têm de passar.