Sistema carcerário e saúde mental dos policiais serão prioridades da Frente da Segurança

Parlamentares lançaram, nesta última quarta-feira (03), a Frente Parlamentar da Segurança Pública.

“Essa frente sempre ocupou um espaço de protagonismo no Congresso Nacional, em virtude dos nossos valores, tenho certeza de que continuará sendo uma bancada atuante e sem dúvida, vamos dar aos brasileiros a resposta que merecem. A frente será muito importante nas discussões de políticas criminais, preventivas e repressivas, incluindo o tratamento dado aos policiais e vítimas”, afirmou o presidente da frente, deputado Alberto Fraga (União Brasil -DF).

“Infelizmente os problemas da segurança pública, não mudaram muito. O número de assassinatos caiu, mas ainda continuam altos. Quase 41 mil pessoas tiveram as vidas ceifadas. Um outro problema grave, que precisamos resolver, é a superlotação do sistema prisional. Em 2022 o Brasil chegou a 909 mil presos, cerca de 40% desses detentos são provisórios. Temos a terceira maior população carcerária do mundo! As políticas públicas de segurança, não estão tendo o retorno esperado pela sociedade. Falta gestão dos governos. Mesmo com as pequenas melhoras dos últimos anos, a situação é de muita insegurança,” explicou o presidente.

De acordo com Fraga, um outro problema grave é o tratamento dado aos policiais. São salários baixos, equipamentos defasados, além das questões relacionadas a saúde física e mental desses profissionais. Os suicídios dentro das corporações crescem a cada dia.

O deputado Capitão Augusto, reforçou a importância de aprovar as leis orgânicas das polícias Civil e Federal. Também lembrou sobre a necessidade de revisão do Código de Processo Penal, que é interesse de todos. Para ele, haverá redução da criminalidade com o endurecimento da legislação penal. Capitão Augusto presidiu a frente na última legislatura.

De acordo com o vice-presidente da frente, deputado Sanderson (PL-RS): “a Frente Parlamentar de Segurança Pública é uma das maiores frentes do Congresso Nacional, não só em número, mas uma das maiores porque tem homens e mulheres corajosos que vão para o confronto, que vão para a batalha mesmo, e por isso nós todos somos integrantes dessa família chamada segurança pública. Nesse momento estamos dentro do parlamento, mas que cada um, da sua forma, trabalhou muitos anos combatendo o crime.”

Representantes de diversas associações ligadas a segurança pública como a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil, a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, a Associação Brasileira de Criminalística, a Federação Nacional dos Policiais Federais, entre outras, participaram do evento. A frente que também é conhecida como Bancada da Bala, é composta por 263 parlamentares.