A França enfrentava um novo dia de protestos de rua nesta quinta-feira (13) contra os planos do presidente Emmanuel Macron de fazer as pessoas trabalharem mais para se aposentarem, com trabalhadores em greve interrompendo a coleta de lixo em Paris e bloqueando o tráfego fluvial em parte do rio Reno.
Os sindicatos pediram uma demonstração de força nas ruas um dia antes da decisão do Conselho Constitucional sobre a legalidade do projeto de lei que aumenta a idade de aposentadoria em dois anos, para 64 anos.
Se o Conselho der sua aprovação, possivelmente com algumas ressalvas, o governo terá o direito de promulgar a lei, e espera que isso acabe com os protestos, que por vezes se tornaram violentos.
No 12º dia de protestos em todo o país desde o início das greves em meados de janeiro, os manifestantes bloquearam brevemente uma via de acesso ao Conselho com latas de lixo, pendurando uma faixa na rua com os dizeres “Censura Constitucional”.
A paralisação perdeu um pouco de força e os protestos reuniram menos pessoas nas últimas semanas em comparação com os números de mais de 1 milhão vistos anteriormente no movimento.
Mas os sindicatos permaneceram desafiadores.
“Este certamente não é o último dia de greve”, disse Sophie Binet, a nova líder do sindicato de extrema-esquerda CGT, durante bloqueio nos arredores de Paris.
Macron disse que organizaria uma reunião com sindicatos após a decisão do Conselho para começar a trabalhar em outras propostas — uma iniciativa que o CGT disse que teria vida curta se ele não estiver pronto para discutir a retirada da reforma previdenciária.
“O país precisa continuar avançando, trabalhando e enfrentando os desafios que nos esperam”, disse Macron em entrevista coletiva na noite de quarta-feira.