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sexta-feira 9 de agosto de 2019 às 09:17h

Sílvio Humberto explica voto contra isenção de ISS a empresas de ônibus

POLÍTICA


O vereador Sílvio Humberto (PSB), um dos quatro que votaram contra o projeto do Executivo concedendo isenção de ISS a empresas de ônibus de Salvador, fez questão de justificar sua posição em carta aberta à população. Integrante da bancada da oposição, ele classificou a medida como um paliativo e questionou o fato da isenção não reverter em contrapartida real aos usuários do sistema de transporte, a exemplo da tarifa social que defendeu na sessão de votação do projeto, na quarta-feira (7).

“A isenção do ISS não resolve o grave problema da mobilidade urbana de Salvador e nem garante a estabilização da tarifa. Em uma cidade de verão, ter ônibus novos com ar condicionado é contrapartida efetiva? Ter ônibus e sala de aula climatizada deveria ser algo básico para qualquer gestor de metrópole que deseje oferecer um tratamento digno aos seus habitantes. A minha marca é a Coerência. Analise meu histórico de votação em defesa da dignidade do povo negro e da periferia que você comprovará que o meu lado sempre foi ao lado do povo e da justiça social. Meu papel é fiscalizar/avisar dos riscos”, diz o vereador.

E acrescenta na justificativa do voto: “Estão lhe oferecendo migalhas como se fossem ouro. O tal do gato por lebre. E sabemos que nem tudo que reluz é ouro. Seguiremos em luta pela tarifa social, passe livre e pela qualidade do transporte público. A isenção do ISS e TRCF não oferece contrapartida real e efetiva”.

Sílvio Humberto observa que os vereadores não tinham que “aceitar chantagem do prefeito, mas sim fortalecer a ideia de que o transporte público é um bem social, assim como saúde e educação”. A lógica de concessão desse serviço, segundo ele, não deve estar centrada no lucro, mas sim no bem estar coletivo. “Infelizmente, daqui a um ano ou menos o problema voltará porque, quando tivemos a oportunidade de resolvê-lo, foi feito apenas um paliativo. Este é um filme que já vimos. O Senhor Tempo nos dirá!”, conclui o vereador.

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