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quinta-feira 20 de agosto de 2020 às 18:17h

Sílvio Humberto apoia lançamento de livros de autores negros e indígenas

POLÍTICA


Vereador protesta contra a possibilidade de aumento dos impostos para editoras

Um dos assuntos mais comentados pelos educadores nos últimos dias é a possibilidade de aumento da taxa de impostos sobre os livros. É o que propõe a reforma tributária proposta pelo Ministério da Economia, que sugere o fim de um benefício que reduz o custo de produção das obras. Se for aprovada, o governo passará a receber 12% sobre a receita bruta de todas as editoras.

Na opinião do vereador Sílvio Humberto (PSB), se a reforma passar impactará ainda mais no acesso aos livros pela população mais vulnerável, que já enfrenta diversas dificuldades. Na contramão do retrocesso, o técnico do Bahia, Roger Machado, também conhecido por seus posicionamentos antirracistas e luta pela igualdade de oportunidades, pretende lançar 50 livros de autores negros e indígenas, no prazode 5 anos. A previsão é iniciar ainda este ano, tendo como público alvo a população de baixa renda, formada em sua maioria por negros.

Preços acessíveis

Sílvio Humberto usou as redes sociais para parabenizar o técnico Roger pela iniciativa. “O projeto de lançamento de livros de autores negros e indígenas, a um preço acessível, é um exemplo de altruísmo e democracia. Além disso, é uma lição para muitos, sobretudo para o Planalto, que demonstra claramente o desprezo pelo povo brasileiro, em particular pelo preto,pobre, pelas populações indígenas e quilombolas”, destaca.

Sílvio espera que a iniciativa de Roger seja tomada como exemplo, por colocar em prática o que diz a escritora Conceição Evaristo: “Eles combinaram de nos matar, mas nós combinamos de não morrer”.

O vereador também pontuou a falta de empatia do governo federal com as classes mais vulneráveis:“Em pleno período de pandemia e de uma crise educacional na qual estudantes têm enfrentado uma série de dificuldades, seja de conectividade para aulas remotas, seja de acesso a livros, um governo insensível aos problemas do povo quer taxar os livros, o que resulta, sem exageros, em torná-los inacessíveis para uma grande parcela de alunos”.

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