O ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida analisou nesta última sexta-feira (6) a possibilidade de pedir demissão do cargo em vez de ser exonerado por Lula da Silva (PT). Mas, segundo Mônica Bergamo, da Folhapress, concluiu que pedir para sair, ainda que sob o pretexto de ter maior liberdade para se defender, seria uma confissão de culpa.
De acordo com interlocutores do ex-ministro, ele e seus apoiadores analisaram também que uma iniciativa do próprio Silvio tiraria dos ombros do governo o peso do desgaste de demiti-lo.
Apesar da gravidade das acusações contra ele, o ministro recebeu apoios diversos, manifestados em telefonemas e mensagens diretas. E também de internautas que, em redes sociais, questionavam o fato de ele estar sendo acusado sem ter o direito de se defender.
“Quem quiser que tire ele do cargo e arque com as consequências”, afirmou à coluna um interlocutor próximo do ministro.
Na reunião que teve com outros ministros do governo antes de conversar com Lula, Silvio Almeida, de forma enfática, comunicou que não pediria demissão de forma alguma.
Um dos presentes descreveu depois que o então ministro estava transtornado –pois não apenas estava perdendo o cargo, mas a reputação construída ao longo de décadas.