Com a polêmica criada em torno da reforma trabalhista, lideranças do PSB e do Solidariedade têm defendido segundo a CNN, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgue um posicionamento público para esclarecer que não pretende revogar a proposta.
A avaliação nas duas siglas que pretendem apoiar a candidatura do petista é de que foi criada uma polêmica desnecessária em torno do assunto e que uma nota pública poderia arrefecer as críticas tanto no mercado financeiro como em candidaturas adversárias.
Recentemente, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu a revogação da reforma trabalhista, em vigor desde 2017. Segundo lideranças da legenda, no entanto, a declaração da petista é equivocada. A intenção de Lula é, na verdade, aprimorar a medida, discutindo com o Congresso Nacional alterações na proposta.
Para dirigentes do PSB e do Solidariedade, um posicionamento público, que explique a intenção do petista, diminuiria tanto ataques de adversários como esclareceria o eleitorado. Além disso, a iniciativa evitaria criar uma crise antecipada com o hoje favorito para assumir o posto de candidato a vice-presidente, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.
Em conversa com o Solidariedade, Alckmin demonstrou incômodo com a intenção de revogar a reforma trabalhista. Diante do constrangimento, aliados de Lula entraram em contato com Alckmin na segunda-feira (10) para esclarecer a questão.
A polêmica em torno da reforma trabalhista se tornou munição eleitoral explorada pelo governo Jair Bolsonaro. A atual gestão tem aproveitado a apreensão do mercado financeiro para se reaproximar do segmento produtivo.