As contas públicas fecharam o mês de março com superávit primário de 1,1 bilhão de reais, segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira (6), e publicados por Larissa Quintino, da Veja. Em março do ano passado, houve déficit de 14,2 bilhões para o período.
No acumulado de doze meses, entretanto, o setor público consolidado – formado por União, estados, municípios e empresas estatais – registra déficit de 252,9 bilhões de reais, equivalente a 2,29% do PIB. O resultado é ligeiramente (0,15 ponto percentual) menor que o registrado em fevereiro.
Segundo os dados do BC, houve déficits de 1,9 bilhão de reais e 343 milhões de reais do Governo Central e das empresas estatais, respectivamente. Já os Estados registraram superávit de 3,4 bilhões de reais no período.
Neste ano, o governo persegue o déficit zero nas contas públicas, conforme estipulado no novo arcabouço fiscal. No ano passado, o resultado foi de um déficit de 2,3% do PIB. A expectativa do mercado, no entanto, é que o governo não consiga cumprir a meta e encerre o ano com déficit de 0,67% do PIB.
Resultado
A dívida bruta do governo geral – governo federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 75,7% do PIB (8,3 trilhões de reais) em março de 2024. aumento de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Segundo o BC, essa evolução no mês decorreu do efeito dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), do resgate líquido de dívida (redução de 0,2 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.).
No ano, o aumento de 1,3 p.p. da relação dívida/PIB decorre principalmente da incorporação de juros nominais (aumento de 1,9 p.p.), da emissão líquida de dívida (aumento de 0,3 p.p.), e do crescimento do PIB nominal (redução de 1,2 p.p.).