O faturamento do setor de viagens corporativas atingiu, até o mês de novembro, R$ 672 milhões, valor que representa 70% do obtido em 2019 (R$ 967 milhões), ano pré-pandemia.
De acordo com o presidente executivo da Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), Gervasio Tenabe, a vacinação contra a Covid-19 “foi um fator fundamental para alcançar o resultado”, disse.
Uma das áreas que mais puxou o bom desempenho em novembro foi o de viagens domésticas gerais, que cresceram 27%, comparadas ao mesmo mês de 2019.
Tenabe comentou que a pandemia trouxe algumas mudanças de hábitos entre os clientes, já que o ambiente virtual ganhou espaço significativo no segmento corporativo.
“Percebemos que o mercado de ponte aérea teve uma redução por conta das alternativas virtuais para realizar reuniões. Mas viagens mais longas que ocorriam antes da pandemia, aquelas com mais de duas horas de duração, não deixaram de acontecer”, afirmou.
Outro destaque foi a locação de veículos que obteve uma alta de 80% em novembro sobre o mesmo mês de 2020 e de 7% em comparação a novembro de 2019.
Mercado internacional é desafio
Um segmento que ainda é visto como desafiador é o de viagens internacionais. Em função da incerteza em relação a novas cepas da Covid-19, como a Ômicron, apresentou resultados negativos.
Embora haja importante crescimento de 195% em novembro ante o mesmo mês de 2020, quando a parada foi praticamente total, a queda em comparação a novembro de 2019 é de 54%.
Para Tenabe, a maior preocupação é de que a Ômicron “comece a afetar os passageiros no Brasil e os voos domésticos”, disse.
O presidente da associação ressaltou que “a recuperação do mercado internacional é lenta, mas está acontecendo. A expectativa é de que o equilíbrio do mercado doméstico também chegue ao segmento internacional em 2022”.
Já nas viagens domésticas, os números são de aumento de 104% em relação a novembro de 2020 e de queda de 41% ante mesmo mês de 2019.