Após mais de dois anos de restrições impostos pela pandemia de Covid 19 é possível perceber a tão esperada retomada do setor de turismo, um dos mais afetados nesse período. A equipe da Confederação Nacional de Municípios (CNM) dedicada ao setor ressalta que a retomada é de extrema importância para os Municípios turísticos, pois, em pouco menos de um ano, o setor apresentou recuperação de 290 mil das vagas de emprego, destacando-se bares e restaurantes, com 220,5 mil e serviços de hospedagem, 61,2 mil empregados.
Em recente estudo, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou de 3,5% para 4,3% a expectativa de crescimento do turismo, em relação ao ano passado, devido à tendência de atendimento à demanda reprimida nos últimos anos. Esse aumento impacta diretamente na geração de emprego e renda. No mês de junho foi observado que, do total de 1,8 milhão de novas vagas de emprego criadas no país, 116 mil foram no setor de turismo e a expectativa é de que o setor encerre o ano de 2022 com 319,4 mil postos de trabalho criados.
Nos seis primeiros meses da pandemia, observou-se uma queda nos empregos formais gerados pela atividade turística. Foram 526,5 mil, o equivalente a 15% da força de trabalho do segmento. Desde maio do ano passado, os saldos mensais entre admissões e desligamentos se mostraram positivos.
Para o setor de serviços, a despeito da aceleração de preços, a CNC revisou de 1,9% para 2,5% a previsão de alta do volume de receitas deste ano em relação a 2021. O volume de receitas do setor de serviços cresceu 0,7%, em junho, em relação a maio de 2022, já descontados os efeitos sazonais, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (11/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a alta de 6,3% foi a 16ª seguida.
O aquecimento do setor de turismo pode ser observado também, através da retomada dos voos, mesmo com o valor das passagens muito altas, observa-se que após uma queda de 89% durante a primeira onda de Covid-19, iniciou-se um processo de recuperação dos aeroportos com vocação para o atendimento de demandas regionais, que já voltaram a operar normalmente, recuperando o movimento que era habitual.