O setor de serviços cresceu 0,9% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em comparação ao mesmo período do ano passado, o setor registrou alta conforme Rafaela Gonçalves, do Correio Braziliense, de 6,3%.
O avanço no setor representa o segundo resultado mensal positivo depois de uma queda muito acentuada em janeiro (3,1%), quando o ganho acumulado nos últimos meses do ano passado foi eliminado. Com o resultado, o acumulado do ano ficou em 5,8% e o de 12 meses passou de 7,8% em fevereiro de 2023 para 7,4% em março.
Três das cinco atividades investigadas registraram expansão, com destaque para o setor de transportes (3,6%) e o de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,6%). O primeiro acumulou ganho de 7,0% em fevereiro e março de 2023, enquanto o segundo recuperou parte da perda de 3,4% acumulada nos dois primeiros meses do ano.
Segundo o analista da pesquisa, Luiz Carlos de Almeida, os dados de transporte foram alavancados pelo aumento de vendas on-line e pelo agronegócio, com o transporte de produtos finais e insumos para a produção agrícola. “O transporte terrestre atingiu o pico da série histórica em março e houve um aumento significativo no transporte de cargas, apesar da queda no setor de transporte de passageiros. É mais carga que passageiro”, explicou.
O outro avanço do mês veio dos serviços de informação e comunicação (0,2%) que acumula alta de 2,5% nos três primeiros meses do ano após uma queda acumulada de 2,3% nos dois últimos meses de 2022.
Já as influências negativas do mês vieram de serviços prestados às famílias (-1,7%) e os outros serviços (-0,6%), com o primeiro alcançando o segundo revés seguido, com perda acumulada de 2,5%; e o último eliminando o ganho (0,4%) observado em fevereiro.
Em março, o volume de serviços cresceu em 24 das 27 unidades da Federação em relação a fevereiro. Os impactos positivos mais importantes vieram de São Paulo (1,8%), Rio de Janeiro (2,8%), Minas Gerais (3,2%), Santa Catarina (5,9%) e Rio Grande do Sul (2,8%). Já as principais influências negativas vieram de Pernambuco (-2,3%), Mato Grosso (-1,9%) e Amapá (-1,7%).