O mercado brasileiro de seguros cresceu 9% em 2023 na comparação com 2022, chegando a uma arrecadação de R$ 387,9 bilhões, de acordo com dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). O número, que não considera o setor de saúde suplementar, ficou acima dos 8,2% de crescimento estimados pela entidade em dezembro do ano passado.
O volume retornado aos clientes sob a forma de indenizações, benefícios, resgates e sorteios foi de R$ 225,2 bilhões, um aumento de 2,5% em relação a 2022. Se desconsiderado o seguro rural, que teve um arrefecimento dos pedidos de indenização no ano passado, o aumento seria de 5,5%.
Os seguros de danos e responsabilidades cresceram 10,4% no ano passado, com arrecadação superior a R$ 125 bilhões. Na cobertura de pessoas, que responde por mais da metade do resultado do setor, a arrecadação foi de R$ 233 bilhões, uma alta de 8,7%. Em capitalização, o crescimento em relação a 2022 foi de 5,6%, para R$ 30 bilhões.
Os dados da saúde suplementar vão até o final do terceiro trimestre do ano passado, e apontam para uma arrecadação de R$ 206,5 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, volume que foi 12,5% superior ao do mesmo período de 2022.
A CNseg destaca o crescimento da arrecadação do seguro contra riscos cibernéticos, diante do aumento dos ataques a empresas. Entre 2022 e 2023, essa linha teve aumento de 17,1%, chegando a uma arrecadação de R$ 203,3 milhões. Em relação a 2019, ano anterior à pandemia da covid-19, o crescimento foi de 880%.
O Estado de São Paulo respondeu por 69% da arrecadação do produto, com R$ 141 milhões. “Em 2023, o setor pagou R$ 18,2 milhões em indenizações e, desde o início da contabilização de resultados desse produto, em 2019, foram retornados mais de R$ 170 milhões às empresas seguradas”, afirma em nota o presidente da entidade, Dyogo Oliveira.