O senador Fabiano Contarato explicou que deseja realizar o debate o mais cedo possível, para impedir que o tema seja engolido pelas outras pautas políticas que estão no Congresso.
A sessão especial temática do Senado para debater o desastre de Brumadinho (MG) deverá ocorrer após o Carnaval, na primeira quinzena de março. A data exata deverá ser definida pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, em conjunto com o presidente da Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que elaborou o requerimento aprovado pelo Senado na quarta-feira (20), solicitando a sessão. Nesta sexta-feira (22), o presidente Davi Alcolumbre relatou que aguarda as sugestões de datas pelo senador Contarato para bater o martelo.
“Estou no aguardo do senador Contarato me passar as datas pretendidas para verificar a disponibilidade do Plenário e definir”.
O senador Fabiano Contarato explicou que deseja realizar o debate o mais cedo possível, para impedir que o tema seja engolido pelas outras pautas políticas que estão no Congresso.
“Tivemos 30 senadores apoiando o requerimento, que também recebeu o apoio do presidente Alcolumbre. As sessões temáticas são muito usadas para homenagens. Eu desejo utilizar essa sessão para chamar os profissionais da área, geólogos, engenheiros, ambientalistas, para explicarem as causas do desastre, com suas várias visões”.
Estão sendo convidados para debaterem o presidente da Vale, Fábio Schvartsman; o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; o ministro das Minas e Energia, Bento Costa Lima; o governador de Minas Gerias, Romeu Zema, além de professores universitários e pesquisadores das áreas de Engenharia Civil, Geotecnia e Meio Ambiente.
“Vamos tentar entender como se deu o rompimento da barragem de Brumadinho. Eu fico triste com a ausência do poder público. Meu receio é que vá caindo no esquecimento, como estava ocorrendo com o rompimento da barragem de Mariana. A Justiça que demora não é Justiça. Temos de descobrir tecnicamente as causas, apontar as responsabilidades e impedir novas repetições desses desastres”, explicou Contarato.