Em seu discurso de filiação ao Podemos, na manhã da última quarta-feira (10) em Brasília, Sergio Moro defendeu o fim da reeleição para cargos no Executivo e também o fim do foro privilegiado para políticos detentores de mandatos.
“Para tanto, proponho, desde o início, a eliminação de dois privilégios da classe dirigente. O fim do foro privilegiado, que trata o político ou a autoridade como alguém superior ao cidadão comum, e o fim da reeleição para cargos no poder executivo. O foro privilegiado tem blindado políticos e autoridades da apuração de suas responsabilidades. Não precisamos dele. Eu nunca precisei quando juiz ou ministro. Não deve existir para ninguém e para nenhum cargo, nem para o presidente da República”, disse Moro.
O presidenciável disse que a reeleição “é experiência que não funcionou no país” e que ela contribui para o surgimento de “caudilhos, populistas ou ditadores”. “O presidente, assim que eleito, começa, desde o primeiro dia, a se preocupar mais com a reeleição do que com a população, está em permanente campanha política. E ainda tem o risco de gerar caudilhos, populistas ou ditadores, de esquerda ou de direita, pessoas que se iludem com o seu poder e passam a ser uma ameaça às instituições e à democracia, seja por corrupção ou por violência. Não devemos mais correr esses riscos”, disse o ex-magistrado.