O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) conversou com o Jornal Jovem Pan após retornar de uma viagem à Ucrânia, onde esteve acompanhado por outros parlamentares brasileiros. Durante a visita, Moro se reuniu com autoridades locais, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky. O líder ucraniano expressou desapontamento com as declarações do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, segundo ele, soam pró-Rússia. O senador destacou a determinação do povo ucraniano em defender sua independência, mesmo após quase três anos de conflito. Moro afirmou que, apesar das dificuldades, a Ucrânia continua a resistir e que a Rússia enfrenta desafios significativos para conquistar o país a longo prazo.
Além das questões internacionais, Moro também comentou sobre a situação política no Brasil. Ele preferiu não comentar a ação da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para impedir o ministro Alexandre de Moraes de relatar inquéritos contra ele. O senador destacou a deterioração das expectativas econômicas do país e a fragilidade da posição internacional do governo. Ele mencionou que a administração Lula “não tem um projeto econômico claro” e opinou que as penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro são excessivas. Moro enfatizou a necessidade de focar nos problemas reais do Brasil, em vez de se distrair com questões políticas.
O senador também abordou a expectativa em relação ao novo presidente dos Estados Unidos e seu impacto na Ucrânia. Ele mencionou a incerteza sobre a posição de Donald Trump em relação ao conflito e destacou a importância do apoio dos Estados Unidos e da Europa à Ucrânia. Moro ressaltou que o apoio internacional é crucial para a resistência ucraniana e que qualquer mudança na política externa americana pode ter consequências significativas para o conflito.
Por fim, Moro comentou sobre a situação econômica do Brasil, expressando ceticismo em relação ao pacote fiscal do governo e criticando a falta de clareza nas propostas apresentadas. Ele afirmou que, como oposição, tende a votar contra a maioria das propostas do governo, mas está aberto a apoiar medidas que considere positivas. O senador destacou a importância de um debate construtivo e de propostas concretas para enfrentar os desafios econômicos do país, enfatizando que o foco deve ser sempre o bem-estar da população brasileira.