Além do receio de as investigações perderem o fôlego, o grupo majoritário na CPI da Covid, chamado de G7, tem outro motivo para tentar evitar a paralisação dos trabalhos da comissão com o eventual recesso parlamentar.
Senadores temem conforme a coluna de Lauro Jardim no O Globo, que o governo consiga se mobilizar no período e convencer senadores a retirar assinaturas do pedido de prorrogação dos trabalhos do colegiado por mais 90 dias. O prazo inicial termina em 7 de agosto.
Randolfe Rodrigues, vice-presidente do colegiado, apresentou o pedido por mais tempo com 31 assinaturas, quatro a mais do que o necessário. O temor é que, com o possível recesso, a comissão esfrie e parte dos parlamentares seja atraída pelo governo e desista do pedido.
Rodrigo Pacheco informou que só fará a análise do pedido depois de o prazo da CPI terminar, ou seja, em agosto. Contra o que chamaram de “ato omissivo”, Alessandro Vieira e Jorge Kajuru entraram com ação no Supremo para tentar garantir logo a prorrogação.