O senador Otto Alencar (PSD) fez na sessão de quarta-feria (14) uma homenagem à religiosa baiana Irmã Dulce. Conhecida como “anjo bom da Bahia”, ela será canonizada em 13 de outubro, no Vaticano, e se tornará a primeira santa nascida no Brasil. Após a canonização, Irmã Dulce será chamada de Santa Dulce dos Pobres.
“Não teve o poder de ser política, prefeita, deputada, senadora, governadora, mas fez uma obra que talvez, reunindo aqui, poucos pudessem fazer com o poder que têm: atender a tantas pessoas. São 4,5 milhões de atendimentos anuais no seu hospital e nas suas obras sociais, com excelência de atendimento, com cirurgias de alto nível, com oncologia, com escola para educar as crianças. Esse é um exemplo que deveria ser seguido por todos”, disse Otto Alencar.
A religiosa, cujo nome de batismo era Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nasceu em Salvador (BA) e dedicou a vida à caridade e à assistência aos mais pobres. Criou e ajudou a criar várias instituições filantrópicas, como o Hospital Santo Antônio, que atende milhares de pessoas todos os dias. Foi lá que o senador a conheceu, enquanto trabalhava como médico.
“Eu convivi com ela, e ela me deu um ganho muito grande: o ganho de saber que o mais importante na vida não é ter, mas poder ajudar as pessoas que vivem numa situação economicamente mais fraca. Irmã Dulce deixa um legado muito grande de luta, de trabalho, de fé, de crença, que ficará marcado na minha vida e na vida das pessoas que tiveram esse benefício, essa alegria de conviver com ela”, relatou.
De acordo com o senador, o físico frágil contrastava com o espírito forte da religiosa. Para ele, Irmã Dulce é a pessoa com maior força espiritual que ele teve oportunidade de conhecer e “falava pelos olhos” para curar e ajudar pessoas.