Os senadores da Bahia divergem no que diz respeito a Medida Provisória nº 881/19, a MP da Liberdade Econômica, apelidada nos bastidores como “minirreforma trabalhista” por trazer mudanças nos direitos dos trabalhadores e alterações nas regras para abertura de empresas. Enquanto Otto Alencar (PSD) garantiu que não vota a favor do texto aprovado na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (14) e pretende sugerir emendas, o correligionário Angelo Coronel (PSD), apesar de garantir que ainda vai analisar a MP, “a priori” votaria favoravelmente, segundo publicou o Bahia Notícias.
A avaliação de Coronel é de que o texto contribui positivamente para um “grande problema” enfrentado pelos empresários brasileiros: a burocracia. O senador baiano vê a aprovação como uma oportunidade de alavancar a economia e a geração de emprego no Brasil, uma vez que, na visão dele, o fator burocrático potencializa as dificuldades enfrentadas pelos empresários. “Tem muita gente sem estímulo com burocracia”, analisou Angelo Coronel. “Pode facilitar mais o empresariado a tomar mais gosto pela empresa e contratar mais”, considerou o parlamentar.
Com outra perspectiva, o presidente do PSD-BA, Otto Alencar, vai se reunir nesta terça-feira (19) com o presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Marcos Durval. A expectativa é de que o encontro renda sugestões de emendas para a MP da Liberdade Econômica.
Nesta terça também está prevista a chegada do texto ao plenário do Senado Federal. A Casa tem até o dia 27 de agosto para passar por apreciação. Caso a redação seja alterada na Casa será submetida a Câmara mais uma vez.
Procurado pelo Bahia Notícias, o senador Jaques Wagner (PT) afirmou que vai tomar conhecimento do texto antes de se manifestar.