O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) pediu nesta última quinta-feira (16) ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues conforme a revista Veja, a abertura de uma nova investigação contra Jair Bolsonaro. O parlamentar suspeita de desvio de uso indevido do cartão corporativo em gastos superfaturados em hospedagem e alimentação, que podem ter gerado notas fiscais “frias”.
A divulgação da conta do ex-presidente mostra gastos incríveis como as transações com a Lanchonete Tony & Thais Ltda, por exemplo, que ultrapassaram 626.000 reais em quatro anos. O estabelecimento, aparentemente simples, localizado próximo ao Parque Ibirapuera, em São Paulo, emitiu 102 notas e cupons fiscais nesse período, incluindo ao menos dez faturas diferentes de exatos 9.000 reais.
“É inegável que houve uma rotina obscura nessas despesas, uma série de fatos que se repetiram em diversos locais e o objetivo era conseguir documentos que trouxessem uma capa de legalidade aos desvios”, afirmou Kajuru.
Kajuru também questiona o gasto de 18,9 milhões de reais com hospedagens e alimentações do GSI entre 2019 e 2022. Militares que viajaram na comitiva presidencial apresentaram notas fiscais para marmitas e lanches à equipe que bancaram parte da verba milionária. No entanto, pagamentos de hospedagens e refeições também foram feitos direto para conta dos militares que faziam a segurança do ex-presidente.
Bolsonaro era acompanhado em média por 50 militares, de acordo com consulta ao pagamento de diárias no Portal da Transparência. Ocorre que a tropa comprou, em um único dia, 3.600 refeições, em Boa Vista (RR), delatou o senador.
O parlamentar também cita a denúncia do deputado Elias Vaz (PSB-GO). Vaz pediu explicações sobre os contratos para comida e bebida no avião presidencial.