O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (10), em sessão extraordinária e votação simbólica presididia por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de intervenção federal na segurança pública no Distrito Federal.
A medida foi determinada após os atos terroristas corridos em Brasília no último domingo (8), onde os vândalos invadiram e vandalizaram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entretanto, a Constituição Federal determina que que, após o presidente decretar a intervenção, a medida precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Porém, não podendo haver mudanças no decreto, apenas votação pela aprovacão ou não do texto.
O decreto foi aprovado, em votação simbólica, na noite desta segunda-feira (9) pela Câmara dos Deputados, em sessão extraordinária convocada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Rodrigo Pacheco faz vistoria no Senado: ‘Minoria extremista será identificada’
Pacheco vistoriou Casa Legislativa após a invasão no Congresso Nacional, em Brasília, no último domingo (8). Pacheco viajava de férias para o exterior e antecipou seu retorno à capital federal para a noite dessa última segunda-feira (9), informa,
Ao chegar, ele se reuniu com a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka. Ontem, Ilana disse que a estimativa de prejuízo no Senado é de R$ 4 milhões. No local, quadros, obras de arte, esculturas, detectores de metal, meses e a máquina de raio-x foram destruídas. Materiais também foram roubados.
Votação da intervenção federal
Na manhã desta terça-feira também acontece no Senado a votação do decreto, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até dia 31 de janeiro.
O texto foi aprovado ontem (9), sem alterações, pelo plenário da Câmara dos Deputados em sessão extraordinária.
“Domingo, dia 8 de janeiro de 2023 foi um dia triste para a história nacional. Assistimos consternados aos atos de vandalismo de uma minoria inconformada com o ato eleitoral. Brasília foi atacada. Prédios públicos, símbolos nacionais, obras que representam a história de nossa pátria foram depredados”, pontuou Pacheco na Plenária do Senado.
Durante seu discurso, o presidente do Senado ressaltou que o governo vai identificar e punir os responsáveis pelos atos criminosos, desde os vândalos até os financiadores.
“Alguns poucos quiseram destruir e humilhar as sedes dos Poderes. Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro. Essa minoria golpista, e não há outro nome, não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos. Essa minoria extremista será identificada, um a um, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos”, ressaltou.